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A ascensão das soluções tecnológicas já mudou a maneira como as instituições públicas atuam e também a forma como estabelecem seus processos internos. O fluxo de trabalho digital é uma realidade para muitos setores, inclusive o que cuida das obras em rodovias. 

O auxílio das ferramentas digitais ajuda a descomplicar e a automatizar vários procedimentos no que diz respeito à gestão de projetos rodoviários dando praticidade, celeridade e precisão no trabalho interno, e possibilitando um maior controle desde o início do planejamento, passando à execução até a prestação de contas. Sendo assim, ao modernizar os processos, a gestão pública pode ainda aperfeiçoar dois pontos importantes para obras em rodovias: o cumprimento de prazos e boa administração de recursos.

A construção, restauração e fiscalização de vias, túneis, viadutos e outros elementos ligados à estradas e rodagem de veículos e pessoas, além de serem processos repletos de etapas, especificidades financeiras e um emaranhado legal a ser cumprido, são serviços de alto interesse social, pois integram a infraestrutura e interferem no desenvolvimento das cidades e estados. Hoje, por exemplo, mais de 60% da malha rodoviária brasileira apresenta problemas como geometria da via, sinalização, falhas de construção e falta de conservação, portanto, a qualidade das obras é um fator que precisa ser bastante considerado pela gestão. 

Uma forma de melhor administrar projetos e recursos em prol de melhorias nas estradas é o uso de ferramentas digitais. Elas trazem uma série de benefícios do início do planejamento das obras em rodovias até etapas posteriores como projeto, licitação, execução, fiscalização e guarda de arquivos. Também unificam o processo, organizando as informações e permitindo a atualização em tempo real dos dados. 

Entre as opções de ferramentas disponíveis, podemos destacar os softwares de gestão específicos para o setor rodoviário. Quando se utiliza uma solução deste tipo é mais fácil dominar os processos e, de fato, melhorá-los. Isso é possível porque a ferramenta permite a automatização das rotinas de trabalho e das etapas a serem realizadas dentro do cronograma de uma obra rodoviária, de forma que se torna possível identificar, reparar ou reduzir falhas que poderiam mais facilmente acontecer se tudo fosse feito manualmente (mesmo que em planilhas digitais, por exemplo). Ou seja, o fluxo de tarefas ganha uma sequência organizada, onde cada servidor sabe qual o próximo procedimento a ser realizado e o que é preciso para efetuá-lo. 

No que diz respeito ao planejamento e a execução das ações da equipe, elas se tornam mais ágeis pela definição adequada de responsabilidades, potencializando a produtividade do time. Já a elaboração do orçamento e a medição de contratos, por exemplo, se tornam mais eficientes, podendo ser constantemente atualizadas. Isso porque a ferramenta digital permite realizar a composição de custos e cálculos automáticos baseados diretamente pela tabela do Sistema de Custos Referenciais de Obras (SICRO), reduzindo o risco de falhas. Ainda emite avisos e notificações sobre o andamento da obra, além de limitações e bloqueios, nos casos de dados incorretos. Além disso, todos os reajustes e inclusões de aditivos podem ser calculados diretamente pelo sistema, respeitando os limites contratuais e controlando valores, prazos e vencimentos contratuais. 

Por dar praticidade e precisão aos registros, um software permite também que se tome decisões com mais agilidade e eficiência, e se promova o uso consciente dos recursos alocados, já que as informações estão disponíveis a todos da equipe e de forma muito mais organizada. É a chamada visão global, em que se visualiza o andamento do projeto como um todo. 

Outro ponto de melhoria ao modernizar a gestão rodoviária é poder mapear e organizar as informações referente aos trechos da malha, elementos rodoviários e ocupações da faixa de domínio, que também são indispensáveis para os relatórios anuais (atualizações das condições das rodovias) ao DNIT. Para isso, é preciso levantar dados variados como: 

  • Extensões dos trechos, quilometragem inicial e final, situação do trecho, as quais proverão informações para a elaboração dos quadros totalizadores da malha; 
  • Elementos que estão em faixa de domínio (construções, sinalizações e outras permissões de uso ou mesmo das irregularidades); 
  • A qualidade (situação do asfalto ou das estruturas da rodovia) e as informações de georreferenciamento de cada trecho; 
  • Número de acidentes e locais onde há maior incidência deles; 
  • Pontos com maior tráfego; 
  • O estado de equipamentos como radares, placas, painéis de mensagem. 

Com controle e acesso fácil a estes dados, que estarão em uma única plataforma, pode-se traçar parâmetros e saber onde é preciso agir, realizando manutenções e novas obras de melhorias. O trabalho dos fiscais também ganha agilidade, pois eles podem enviar de forma online e em tempo real (tablets e smartphones substituem as pranchetas) informações coletadas nas rodovias e se orientar com precisão pelos registros feitos anteriormente e, assim, realizar uma inspeção específica em algum trecho.

Autor: Rafael Marana Scala – Executivo de Novos Negócios da Softplan 

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Rafael Marana Scala

Rafael Marana Scala

Formado em Engenharia de Controle e Automação especialista no segmento de Mobilidade Urbana e Gestão de Infraestrutura, atualmente é gerente de contas especiais na Softplan.

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