Skip to main content

A Softplan contratou a empresa DeepESG para auditar e institucionalizar as suas estimativas de ganhos ambientais de clientes que substituem o papel pelo processo digital. Os ganhos em produtividade, celeridade, transparência e eficiência da Transformação Digital estão amplamente documentados e já fazem parte do dia a dia de inúmeras instituições públicas. Na Justiça Estadual, por exemplo, de 2009 a 2022, o SAJ recebeu 57 milhões de processos eletrônicos, o que representa 40% de todo o acervo do Brasil. Desde 2013 a Softplan estima a redução da emissão de GEE (Gases do efeito estufa) e de consumo de água em seus clientes. 

Neste ano, no entanto, a Softplan decidiu estruturar um programa de ESG para compreender melhor o impacto nas instituições que utilizam as soluções de gestão de processos digitais. Em consulta aos clientes, a empresa identificou que a questão ambiental é um dos principais impactos positivos dos sistemas da empresa, que com esse diagnóstico em mãos, decidiu buscar respaldo científico para a aferição dos indicadores de sustentabilidade. 

A pesquisa concluiu que não existia uma metodologia ou calculadora que oferecesse uma forma simples e segura para fazer a apuração. Com isso, a Softplan foi ao mercado e contratou a DeepESG para, baseado nos cálculos que a empresa concebeu internamente em 2013, criar uma calculadora dos ganhos ambientais proporcionados pelos produtos. A DeepESG é uma empresa brasileira que desenvolve soluções tecnológicas para a identificação e aferição de impactos sociais e ambientais das atividades de empresas e organizações. Suas plataformas são desenvolvidas para facilitar a jornada ESG em diversas fases e são totalmente integradas aos sistemas de gestão das empresas e de suas cadeias de fornecedores.  

“Na minha opinião este tipo de projeto sempre traz muitos aprendizados. Durante a pesquisa e elaboração eu tive uma nova visão de como dois meios (o físico e o digital) podem impactar o ambiente de uma forma tão diferente. A realização do trabalho foi complexa mas o resultado foi muito satisfatório.”, disse a responsável técnica pelo projeto junto à Softplan, Flávia Bittencourt Moré. 

O trabalho entregue pela DeepESG é inédito no Brasil, pois além da estimativa dos ganhos decorrentes da não utilização do papel (a transformação da árvore, em celulose, depois em papel, seu transporte até o cliente, armazenamento e descarte), também foram contempladas as emissões de GEE e o consumo de água derivados do armazenamento e processamento dos processos digitais. Ou seja, o cálculo oferece um saldo entre o que foi economizado por não utilizar papel e o que foi gerado a mais pela existência do processo digital.

Resultados aferidos com nova metodologia impressionam

Com base na calculadora, a Softplan está agora aplicando essa memória de cálculo em todas as suas soluções para apresentar o resultado no início de 2023 aos seus clientes. Os resultados preliminares, no entanto, chamam a atenção. De acordo com o gestor do programa de ESG da empresa, Tiago Melo, o ganho ambiental tanto na economia de emissões de GEEs quanto no consumo da água está em torno de 98%, dependendo dos padrões de consumo de papel e de dados de cada tipo de instituição. No caso de Tribunais de Justiça, por exemplo, de 2009 a 2022, os cálculos preliminares indicam uma redução de 99,9% nas emissões, o que representa 446 mil toneladas de GEE não emitidas e 1,07 bilhões de litros de água não consumidas.  

“Essa parceria com a Deep abre inúmeras possibilidades para que a questão ambiental passe a ser um elemento ainda mais central na estratégia e operação tanto da Softplan quanto de seus clientes”, disse Melo. 

O gestor cita possibilidades de ampliação das mensurações dos ganhos proporcionados pelo trabalho remoto, pela desnecessidade de deslocamentos físicos de cidadãos que demandam e consultam serviços públicos; além de questões mais internas como realização do inventário de GEEs seguindo os protocolos oficiais.

Compartilhe esse conteúdo nas redes sociais