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Atualmente, mais de 60% dos modais de transporte rodoviário no Brasil apresentam problemas ligados a questões como geometria ruim da via, sinalização deficiente, falhas de construção e falta de conservação. Podemos dizer que apesar de esta ser a forma mais importante para a circulação de cargas e pessoas, as estradas nacionais precisam de mais atenção para oferecer mais qualidade e segurança aos seus usuários. 

Além da falta de recursos, conforme explicamos nesse artigo, outros fatores contribuem para que estas deficiências ainda prevaleçam nas rodovias brasileiras: a qualidade das obras, a pouca fiscalização e a não utilização da tecnologia para otimizar os processos administrativos. Se tais pontos forem observados e melhorados pela gestão, possivelmente a infraestrutura dos modais de transporte rodoviário terá importantes ganhos.

Planejamento, fiscalização e inovação ajudam a dar qualidade aos modais de transporte rodoviário, melhorar o controle de informações e planejamento para manutenção e novas obras. O primeiro passo para atuar com planejamento na administração dos modais de transporte rodoviário é ter controle de tudo o que acontece nas estradas, desde acidentes, elementos da faixa de domínio até a qualidade dos pavimentos.  É preciso realizar um levantamento preciso e manter as informações organizadas e atualizadas, isto porque são estes dados que darão base para que o gestor saiba onde é preciso agir, seja autuando as irregularidades ou realizando manutenções e melhorias. Porém, se as informações a serem consultadas não refletirem a real condição das estradas, não será possível saber em que trecho é necessária uma intervenção —  seja a construção de uma nova pista, melhoria da sinalização ou do pavimento ou a retirada de algum elemento da faixa de domínio que possa prejudicar a segurança dos motoristas. 

Planejamento, fiscalização e inovação ajudam a dar qualidade aos modais de transporte rodoviário 

Outro ponto é estar atento à elaboração de novas obras, pois projetos rodoviários exigem um nível alto de planejamento, já que, em sua maioria, são de longa duração e possuem diversas peculiaridades. Ao elaborar estudos para projetos rodoviários é possível projetar receitas e despesas a médio e longo prazo, compor um orçamento adequado e assim uma licitação que cumpra todas as condições para uma boa execução da obra (em termos de qualidade, prazo e custos). 

 Neste quesito deve-se contar com estudos completos. Só com projetos bem concebidos será possível compor um orçamento preciso para dar base à licitação, conforme a Lei 8.666/1993. Esta, por sua vez, se estiver bem estruturada, poderá dar todas as condições para a contratação de uma empreiteira de referência para executar a obra. Se algum item, por qualquer motivo, for deixado de lado na licitação, o contrato assinado já não será o ideal para que a obra tenha qualidade e a durabilidade desejadas. 

 Por que isto é importante? Para ir além das boas práticas e garantir que a gestão também esteja de acordo com a Lei de Responsabilidade Fiscal, que assegura que a administração do órgão público caminha na direção da eficiência e da eficácia do gerenciamento dos recursos, com a realização de ações planejadas e transparentes. 

 Portanto, organização de informações e planejamento desde o início de uma obra (nova construção ou de melhorias) são essenciais para que a gestão possa definir as melhores formas de alocar os recursos, fiscalizar com eficiência cada trecho e conservar as rodovias. 

Fiscalizar contratos de obras, as estradas e as faixas de domínio com eficiência 

Esta é uma ação fundamental para complementar o planejamento. Em relação aos novos projetos, deve-se fazer a medição do andamento da obra e fiscalizar o cumprimento do contrato assinado pela empreiteira. Os fiscais devem acompanhar periodicamente e com visitas ao canteiro de trabalho se a obra está em andamento, paralisada, se segue o cronograma dentro do prazo ou está atrasada, e para o segundo caso, tomar as devidas providências em relação a isso. O profissional precisa realizar com precisão os registros diários in loco e mantê-los sempre atualizados. 

 Também é preciso fazer o levantamento constante dos problemas dos modais de transporte rodoviário, incluindo suas vias e faixas de domínio. Para isso, a fiscalização de vias pode utilizar várias ferramentas, como registros em vídeo para um levantamento visual das estradas, apurar por meio de pesquisas o grau de satisfação do usuário de rodovias e os principais pontos a serem melhorados, monitorar o volume diário de veículos etc. Com estas informações é possível planejar, priorizando recursos para novas obras ou restaurações em rodovias já deficitárias. 

Operar com processos automatizados 

Operar com soluções inteligentes (softwares específicos de gestão rodoviária) ajuda a descomplicar e a automatizar vários procedimentos que abordamos aqui. As ferramentas digitais trazem, por exemplo, uma série de benefícios do início do planejamento da obra até todas as etapas posteriores – projeto, licitação, execução, fiscalização e guarda de arquivos. Isto porque mostra o processo de gestão de obras de ponta a ponta, organizando as informações e permitindo a atualização em tempo real dos dados. A ferramenta permite a automatização das etapas a serem realizadas dentro do cronograma de uma obra rodoviária, de forma a tornar possível identificar, reparar ou reduzir falhas que poderiam mais facilmente acontecer se tudo fosse feito manualmente (mesmo que em planilhas digitais, por exemplo). 

 A elaboração do orçamento e a medição de contratos, por exemplo, se tornam mais eficientes, podendo ser constantemente atualizadas. Isto porque a ferramenta digital permite realizar a composição de custos e cálculos automáticos baseados diretamente pela tabela do Sistema de Custos Referenciais de Obras (SICRO), reduzindo o risco de falhas. Ainda emite avisos e notificações sobre o andamento da obra, além de limitações e bloqueios, nos casos de dados incorretos. Além disso, todos os reajustes e inclusões de aditivos podem ser calculados diretamente pelo sistema, respeitando os limites contratuais e controlando valores, prazos e vencimentos contratuais. Assim é possível saber se a execução dos serviços está sendo feita de forma adequada, ou seja com qualidade e dentro do cronograma estabelecido. 

 Outro ponto de melhoria ao modernizar a gestão rodoviária é poder mapear e organizar as informações referente aos trechos da malha, elementos rodoviários e ocupações da faixa de domínio, que também são indispensáveis para os relatórios anuais (atualizações das condições das rodovias) ao DNIT.   

 Já em relação ao dia a dia de trabalho da equipe do órgão, os servidores terão mais praticidade, celeridade e precisão para realizar as atividades relacionadas à gestão do modal rodoviário, como o registro de processos e solicitações, já que as informações ficam disponíveis a todos e de forma muito mais organizada. 

 Assim, em todas as etapas, do planejamento à execução, as ações se tornam mais ágeis pela definição adequada de responsabilidades e uso consciente dos recursos. Além disso, por dar praticidade e precisão aos registros, um software permite que se tome decisões com mais agilidade e assertividade, e se promova a gestão dos recursos alocados. 

 Com todas estas vantagens, vale a pena considerar a implantação de sistemas automatizados para bem administrar os modais de transporte rodoviário. Se quiser saber mais sobre como a tecnologia facilita a gestão e o mapeamento das estradas, veja neste artigo as funcionalidades do sistema Sider, da Softplan ou fale com os nossos especialistas. 

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Ricardo Gausmann

Ricardo Gausmann

Analista de sistemas, especializado em desenvolvimento de Sistemas WEB e em Big-Data, atualmente é analista de negócios na Softplan.

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